“O foco do melhoramento genético é fazer com que o padrão racial Angus seja reconhecido, a campo, através de ganhos de produção.”

A genética Campo Feliz é consequência de trabalho de seleção pautado pelos seguintes critérios:

I - Adaptação ao Ambiente

A Cabanha Campo Feliz não trabalha com animais de exposição. O rebanho é mantido a nível de campo, enfrentando as adversidades de clima, temperatura, alimentação, topografia e carrapateamento. Aqueles animais que não se adaptam ao ambiente são descartados. Esse critério, aplicado sucessivamente há gerações, forja a genética para o rigor do campo, com resistência, rusticidade e baixa manutenção, qualidades fundamentais para o sistema de produção.

II - Fertilidade

Adaptados ao ambiente, os animais devem reproduzir, expressando precocidade sexual, fertilidade, repetição de cria e longevidade. O descarte sistemático e permanente de animais inférteis molda a genética para a fertilidade.

III - Aptidão Produtiva

Depois da adaptação e da fertilidade, o passo seguinte da seleção é identificar animais com maior aptidão produtiva, para obtenção de produtos eficientes e superiores na produção de carne, seleção que se inicia desde a fase de cria. Para isso, a Cabanha Campo Feliz prioriza as seguintes características de interesse produtivo e econômico:

a) facilidade de parto: evita-se a introdução de gens que contribuam para a dificuldade de parto; descartam-se as vacas que tenham distocias e não se utiliza genética de touros com elevado peso ao nascer ou dificuldade de parto;

b) habilidade materna: as vacas devem ter excelente produção de leite, para garantir desmamas pesadas, ponto fundamental para a redução da recria; matrizes que não tenham essa qualidade são descartadas; somente se utilizam touros cuja genética seja destacada para habilidade materna;

c) velocidade de ganho de peso: é preciso reduzir a fase de recria, com precocidade; a seleção procura animais que nasçam pequenos, mas que tenham a capacidade de alcançar velocidade de ganho de peso do nascimento ao desmame e do desmame à terminação, atingindo o mais cedo possível o ponto de abate ou a vida reprodutiva;

d) conformação carniceira: o objetivo do trabalho de seleção é a produção de carne e carne de qualidade; buscam-se animais profundos, largos e compridos, com maior concentração de carnes em áreas nobres, acabamento precoce e marmoreio; e,

e) temperamento: seleção de animais dóceis, pois facilitam o manejo, demandam menos mão-de-obra e são mais produtivos.